Caixa de Pandora
Carlos Drummond de Andrade já dizia: “O espírito é livre na prisão do corpo.” O Determinismo se faz presente na vida em sociedade, pela comodidade, o homem esquece-se de quem é e por que luta. Fica fácil, assim, aceitar sem discutir e ser influenciado pela maioria.
A queda da Bastilha foi um símbolo de liberdade para o povo francês. Percebe-se que o conceito de liberdade e, principalmente, a prática dessa foi sendo deixada de lado. A partir do nascimento, o homem é “taxado”, seja por sua classe, cor, etnia e, mais tarde, religião, reforçando ideias pré-concebidas.
Marx defendia o socialismo, Godwin, o anarquismo, Hitler, o totalitarismo e acabou prevalecendo o capitalismo. Entre tantas ideologias, a “melhor” é aquela que marginaliza, aquela que exclui e individualiza. A sociedade está longe de ser “terminada”, de chegar ao desenvolvimento pleno, e é nesse meio tempo que os cidadãos de todo o mundo, com suas vidas “severinas”, terminam por achar, assim como Clarice Lispector, desvantajoso acordar.
Homo sapiens sapiens, a mais desenvolvida das espécies, carregou consigo o preconceito, a arte de tirar conclusões precipitadas. A maioria dos conflitos armados em âmbito mundial o tiveram como base, aliado à busca por capital e poder. “Bullying”, palavra inglesa em alta no momento, trata do cotidiano de milhões de pessoas, trata do julgamento por uma sociedade apoiada em princípios morais frágeis, uma sociedade com alicerces “sobre a areia”, que a qualquer momento poderão sucumbir.
“Ser ou não ser? Eis a questão”. O chavão shakespeariano resume nossa realidade. Somos o fruto de nossas escolhas aprisionadas por uma “cortina de ferro”. Conhecimento é imprescindível para não ficarmos nas mãos do destino e até do próprio homem. Apenas quando a sociedade olhar para aqueles que estão à margem é que os males da caixa de pandora serão reduzidos.
Ana Beatriz Altvater Biagio
*Redação baseada em proposta da UFSC.
"Com liberdade, flores, livros e a lua, quem não seria completamente feliz?" Oscar Wilde
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Adorei o texto da Ana Beatriz, os recursos utilizados e a intertextualidade, que o tornaram bastante crítico.
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