sexta-feira, 27 de setembro de 2019

ENEM - Para relembrar


             Temas de redação já solicitados nas provas do ENEM (Exame Nacional
     do Ensino Médio).

Temas que levam a uma reflexão crítica e a um obrigatório posicionamento do candidato frente a questões atuais do Brasil e do mundo.
1998    “Viver e aprender”.
1999    “Cidadania e participação social”.
2000    “Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio
             nacional?”
2001    “Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os  
             interesses em conflito?”
2002   “O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover 
             as transformações sociais de que o Brasil necessita?”
2003   “A violência na sociedade brasileira:como mudar as regras desse jogo? ”
2004    “Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de
             comunicação?”
2005   “O trabalho infantil na sociedade brasileira”.
2006   “O poder de transformação da leitura”.
2007    “O desafio de se conviver com as diferenças”.
2008   Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o
            desmatamento; dar incentivos financeiros a proprietários que deixarem de
            desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar”.
2009    O indivíduo frente à ética nacional”.
2010    O trabalho na construção da dignidade humana”.
2011    “Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o provado”.
2012      “Movimento migratório para o Brasil no século XXI”.
2013      “Lei Seca”.
2014      “Publicidade Infantil”.
2015      “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.
2016      “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil
2017      “A formação educacional de surdos no Brasil”.
2018      “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na         
                 internet”.
2019         ???


domingo, 22 de setembro de 2019

Com o pensamento em Virgínia Woolf ... neste Setembro Amarelo

"Não há portões, nem fechaduras, nem cadeados com os quais você conseguirá trancar a liberdade do meu pensamento."

                                                                           Virgínia Woolf (1882-1941)

Muitas de suas obras trataram da dificuldade que as mulheres tinham (e ainda  têm) de se dedicarem à vida intelectual, ao enfrentarem situações econômicas desproporcionais às enfrentadas pelos homens. Virgínia acreditava que só com Educação era possível  mudar a realidade.

Última carta que Virgínia Woolf escreveu para seu marido Leonard Woolf em 1941 .

Meu querido,
Tenho certeza de que vou enlouquecer de novo. Não podemos passar por mais uma daquelas crises terríveis. E, dessa vez, não vou sa­rar. Começo a ouvir vozes e não consigo me concentrar. Por isso estou fazendo o que me parece a melhor coisa. Você me deu a maior felicida­de possível. Você foi, sob todos os aspectos, tudo o que alguém poderia ser. Acho que não existiam duas pessoas mais felizes, antes de aparecer essa terrível doença. Não consigo mais lutar. Sei que estou estragando sua vida, que, sem mim, você poderia trabalhar. E eu sei que vai. Veja que nem consigo escrever direito. Não consigo ler. O que quero dizer é que devo a você toda a felicidade da minha vida. Você tem sido extre­mamente paciente comigo e incrivelmente bom para mim. Quero dizer que—todo mundo sabe disso. Se existisse alguém capaz de me salvar, seria você. Perdi tudo, menos a certeza da sua bondade. Não posso con­tinuar estragando sua vida.
Não creio que tenham existido duas pessoas mais felizes do que nós.
V.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Drummond... sempre Drummond

Também já fui brasileiro

Eu também já fui brasileiro
moreno como vocês.
Ponteei viola, guiei forde
e aprendi na mesa dos bares
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares se fecham
e todas as virtudes se negam.

Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas, o céu tamanho,
minha poesia perturbou-se.

Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isso, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,
meus inimigos me odiavam.
Eu irônico deslizava
satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não.
Carlos Drummond de Andrade Andrade, C. D. Sentimento do Mundo, 1940.

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